Há poucas semanas o Alvorada publicou uma imagem muito sugestiva na primeira página sobre os bons progressos que o concelho da Lourinhã tem feito na área da reciclagem dos resíduos domésticos. O bom desempenho valeu-nos o título de “Campeões na Reciclagem” e premiou, de certo modo, também a CM da Lourinhã que não tem poupado esforços para estimular os cidadãos a fazerem a separação do lixo na fonte, ou seja, em casa.
A LOURAMBI organiza, no próximo dia 19 de Maio, uma visita guiada ao aterro sanitário da Resioeste no Cadaval.
Se quer saber mais sobre as opções que estão a ser discutidas actualmente para resolver os problemas relacionados com a gestão de resíduos, venha connosco visitar o aterro!
A CM da Lourinhã disponibiliza um autocarro. Pedimos aos interessados que se inscrevam até ao dia 15 de Maio, através do telefone: 261413986.Apesar de este desenvolvimento ser muito positivo, seria errado pensar que já estamos a gerir bem os nossos lixos. Aliás, no artigo de Paulo Ribeiro na mesma edição do Alvorada, ficamos a saber que - embora estejamos a reciclar cerca de 10% dos resíduos, e a CM queira atingir os 15% até ao final do ano - ainda estamos muito longe de atingir os níveis que, por exemplo, são já normais na Alemanha (25%). Além disso, embora a reciclagem seja um método muito melhor de tratar os resíduos do que depositá-los em aterro ou incinerar, é preciso não esquecer que reciclar também é um processo que exige muita energia e recursos, ou seja, nem sempre é sensato, do ponto de vista económico e ambiental, apostar na reciclagem.
Uma grande parte dos resíduos do nosso concelho acaba hoje no aterro sanitário da Resioeste ou, pior ainda, é transportada para aterros na margem sul do Tejo, quando a Resioeste já não os pode receber. Os municípios do Oeste estão a estudar formas de resolver este problema e pensam, em primeiro lugar, em expandir as capacidades de tratamento que existem actualmente, incluindo a opção de se construírem incineradoras de lixo que são em geral rejeitadas pelas populações que vivem na sua vizinhança. Mas antes de se pensar em aumentar as capacidades de tratar o lixo, não seria importante estudar formas de reduzir a quantidade de resíduos? Uma das formas mais simples de reduzir a quantidade de resíduos que vão para aterro é melhorar a recolha selectiva, e alargá-la a resíduos que hoje, infelizmente, acabam muitas vezes nas bermas das estradas, nas florestas, nas margens dos rios.
Por surpreendente que pareça, os resíduos orgânicos, mesmo sendo bio degradáveis, são, entre os resíduos municipais, os que mais dificuldades levantam na fase de tratamento, se vão misturados com outros resíduos. Os orgânicos representam cerca de um quarto do peso total dos resíduos domésticos (restos de cozinha, resíduos da jardinagem, etc.). Ora estes resíduos podem ser tratados de uma forma natural – por decomposição, a que também se chama compostagem – e transformam-se em húmus, podendo voltar a ser usados como adubo na jardinagem e agricultura. Todos os que têm um jardim ou um espaço livre perto de casa podiam contribuir para ajudar reduzir a quantidade de lixo, reservando uma pequena área (1 a 3 m2) para a compostagem dos seus resíduos orgânicos. Para quem vive em apartamentos, há recipientes apropriados, que podem ser colocados em terraços ou varandas. Mas nem sempre é fácil gerir bem esses equipamentos, por isso seria importante haver um lugar público para a recepção e compostagem de resíduos orgânicos.
Acabar com as lixeiras selvagens e estimular a compostagem são duas das razões por que a LOURAMBI luta pela instalação de (pelo menos) um ECOCENTRO na Lourinhã. Essa infra-estrutura é um elemento básico na gestão de resíduos que assegura a recepção e o adequado encaminhamento de uma série de produtos e materiais que não podem ser colocados nos ecopontos, nem nos contendores do lixo normais, mas que podem ser, pelo menos em parte, reutilizados, reciclados ou tratados por compostagem.
Suhita Osório Peters
A LOURAMBI organiza, no próximo dia 19 de Maio, uma visita guiada ao aterro sanitário da Resioeste no Cadaval.
Se quer saber mais sobre as opções que estão a ser discutidas actualmente para resolver os problemas relacionados com a gestão de resíduos, venha connosco visitar o aterro!
A CM da Lourinhã disponibiliza um autocarro. Pedimos aos interessados que se inscrevam até ao dia 15 de Maio, através do telefone: 261413986.Apesar de este desenvolvimento ser muito positivo, seria errado pensar que já estamos a gerir bem os nossos lixos. Aliás, no artigo de Paulo Ribeiro na mesma edição do Alvorada, ficamos a saber que - embora estejamos a reciclar cerca de 10% dos resíduos, e a CM queira atingir os 15% até ao final do ano - ainda estamos muito longe de atingir os níveis que, por exemplo, são já normais na Alemanha (25%). Além disso, embora a reciclagem seja um método muito melhor de tratar os resíduos do que depositá-los em aterro ou incinerar, é preciso não esquecer que reciclar também é um processo que exige muita energia e recursos, ou seja, nem sempre é sensato, do ponto de vista económico e ambiental, apostar na reciclagem.
Uma grande parte dos resíduos do nosso concelho acaba hoje no aterro sanitário da Resioeste ou, pior ainda, é transportada para aterros na margem sul do Tejo, quando a Resioeste já não os pode receber. Os municípios do Oeste estão a estudar formas de resolver este problema e pensam, em primeiro lugar, em expandir as capacidades de tratamento que existem actualmente, incluindo a opção de se construírem incineradoras de lixo que são em geral rejeitadas pelas populações que vivem na sua vizinhança. Mas antes de se pensar em aumentar as capacidades de tratar o lixo, não seria importante estudar formas de reduzir a quantidade de resíduos? Uma das formas mais simples de reduzir a quantidade de resíduos que vão para aterro é melhorar a recolha selectiva, e alargá-la a resíduos que hoje, infelizmente, acabam muitas vezes nas bermas das estradas, nas florestas, nas margens dos rios.
Por surpreendente que pareça, os resíduos orgânicos, mesmo sendo bio degradáveis, são, entre os resíduos municipais, os que mais dificuldades levantam na fase de tratamento, se vão misturados com outros resíduos. Os orgânicos representam cerca de um quarto do peso total dos resíduos domésticos (restos de cozinha, resíduos da jardinagem, etc.). Ora estes resíduos podem ser tratados de uma forma natural – por decomposição, a que também se chama compostagem – e transformam-se em húmus, podendo voltar a ser usados como adubo na jardinagem e agricultura. Todos os que têm um jardim ou um espaço livre perto de casa podiam contribuir para ajudar reduzir a quantidade de lixo, reservando uma pequena área (1 a 3 m2) para a compostagem dos seus resíduos orgânicos. Para quem vive em apartamentos, há recipientes apropriados, que podem ser colocados em terraços ou varandas. Mas nem sempre é fácil gerir bem esses equipamentos, por isso seria importante haver um lugar público para a recepção e compostagem de resíduos orgânicos.
Acabar com as lixeiras selvagens e estimular a compostagem são duas das razões por que a LOURAMBI luta pela instalação de (pelo menos) um ECOCENTRO na Lourinhã. Essa infra-estrutura é um elemento básico na gestão de resíduos que assegura a recepção e o adequado encaminhamento de uma série de produtos e materiais que não podem ser colocados nos ecopontos, nem nos contendores do lixo normais, mas que podem ser, pelo menos em parte, reutilizados, reciclados ou tratados por compostagem.
Suhita Osório Peters
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