No passado dia 20 de Março, na Lourinhã, cerca de 170 voluntários não tiveram medo da chuva e agarraram a oportunidade única de limpar Portugal num só dia. Contribuíram para que se limpasse mais de 50 lixeiras, cerca de 58% das lixeiras identificadas no concelho da Lourinhã.
Entre os 170 voluntários que ajudaram a “Limpar a Lourinhã”, estiveram funcionários e os executivos da Câmara Municipal da Lourinhã e de todas as Juntas de Freguesias contribuindo também para o sucesso alcançado.
Durante a limpeza das lixeiras previamente identificadas foram identificadas outras lixeiras que também foram limpas.
Deste modo, no dia 20 de Março foram recolhidas 23540 toneladas de resíduos, entre as quais 10360 toneladas de resíduos orgânicos (RSU); 7320 toneladas entre plástico, madeira e metal; 4400 toneladas de monstros domésticos, e 1460 toneladas de vidro.
Estes resultados só foram possíveis devido ao grande empenho e dedicação de todos os voluntários, e de todas as instituições e empresas que desde o primeiro momento apoiaram esta iniciativa nacional. Assim, na Lourinhã a Coordenação Local do Projecto Limpar Portugal contou com a parceria da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, do Jornal Alvorada e Rádio Clube da Lourinhã, da Cooperativa Louricoop, das empresas Louribatata, Barranca, KFogo, Agriloja Lourinhã e António Policarpo Rosa da Costa.
Porém o mais importante desta iniciativa foi a mobilização da sociedade civil, que demonstrou uma imensa capacidade de cidadania activa e responsável, identificando um problema e mobilizando-se. Sem cinismos pôs mãos à obra, partilhando responsabilidades e trabalho com entidades institucionais.
Apesar do sucesso do projecto, e dos resultados obtidos, tal não se deve repetir. Esta acção foi a oportunidade para resolver um problema e colocar Portugal num outro patamar. Não podemos, indefinidamente, substituir-nos aos organismos públicos com verdadeira responsabilidade na prevenção, resolução e fiscalização dos crimes ambientais. A partir de agora não devemos aceitar a inércia do serviço público, há que cumprir e fazer cumprir a lei. Repetir esta acção é remeter os voluntários para uma rotina de limpeza, é legitimar as lixeiras ilegais, é sermos permissivos com os infractores, e com isso aceitar que se continue " a varrer o lixo para debaixo do tapete".
Juntos, cidadãos, instituições, autarquias e autoridades devem combater este flagelo ambiental que é o despejo ilegal de resíduos.
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